1) LEIA O TEXTO:
VIAGEM MAIS
CURTA PARA A SERRA
Rodovia terá o maior túnel do
país e moradores de Caxias deixarão de pagar pedágio
Geraldo Perelo
Vai ficar mais fácil e seguro para o morador da Baixada subir a Serra de
Petrópolis. Além disso, a população vai ganhar uma área ecoturística entre
Caxias e a cidade serrana. Para isso, será necessária a construção do maior
túnel do Brasil e a ampliação de estrada que liga os dois municípios. Os planos
estão na fase final de elaboração pela Concer, concessionária que administra a
BR-040 (Rio-Juiz de Fora). Para concretizar o projeto, serão investidos cerca
de R$ 650 milhões.
O projeto prevê a remoção da praça de pedágio, passando de KM 104 para o
KM 102, liberando os 55 mil moradores de
Xerém da taxa, que vem sendo cobrada desde 1996.
A
rodovia vai ganhar uma nova pista de subida da Serra e o túnel terá quase cinco
quilômetros de extensão, entre Belvedere e a comunidade de Duarte da Silveira,
para encurtar o trajeto e reduzir o tempo de viagem em 15minutos, até
Petrópolis.
(...)
Jornal O Dia, 07/11/2010
De acordo com o texto, vai ficar mais fácil e seguro
para o morador da Baixada subir a Serra de Petrópolis graças:
(A) à criação de uma área
ecoturística entre Caxias e a cidade serrana.
(B) à construção do maior túnel do
Brasil e à ampliação de estrada.
(C) à remoção da praça do pedágio.
(D) à construção de uma nova pista de
subida da Serra.
2) LEIA O TEXTO
O
QUANTO ANTES
A primeira vitória do Pan-Americano de 2007, no Rio, já pode ser
detectada: a parceria entre Estado e Prefeitura no anúncio do pacote de obras
para melhorar o transporte da capital. A governadora Rosinha Garotinho e o prefeito
César Maia pretendem pedir audiência ao Governo Federal e conseguir
financiamento para projetos que incluem a construção da Linha 6 do metrô,
ligando a Barra da Tijuca a Duque de Caxias.
O metrô é um sistema de transporte moderno e inteligente que,
eficientemente ampliado, poderia evitar as mazelas que o Rio enfrenta hoje:
caos nas ruas, poluição, ônibus superlotados, escassez de vagas, flanelinhas, transporte
ilegal, acidentes.
As grandes capitais do mundo souberam investir nisso. O metrô de Nova
Iorque tem 25 linhas que percorrem471 quilômetros. Paris tem 15 linhas e 212
quilômetros. Londres, a pioneira nos trilhos subterrâneos, tem 12 linhas com
415 quilômetros. Aqui no Rio, o metrô foi inaugurado em 1979 e até hoje tem
apenas duas linhas, num total de 34 quilômetros. Privilégio para poucos.
Que o Pan 2007 tire pelo menos a Linha 6 do papel, e o quanto antes.
Iniciadas as obras, restará à população fiscalizar para que tudo saia a
contento e o investimento não perca nos túneis do desvio de dinheiro público.
Jornal
O DIA – 08.08.2003
O texto acima apresenta como tema:
(A) A construção da Linha 6 do metrô.
(B) Os meios de transporte de Nova
Iorque.
(C) A parceria entre Estado e
Prefeitura para melhoria do transporte no Rio.
(D) A ineficiência dos meios de
transporte do Rio.
O MELHOR AMIGO
A mãe estava na sala, costurando. O menino abriu a
porta da rua, meio ressabiado, arriscou um passo para
dentro e mediu cautelosamente a distância. Como a
mãe não se voltasse para vê-lo, deu uma corridinha em direção de
seu quarto.
- Meu filho? – gritou ela.
- O que é – respondeu, com o ar mais natural que lhe
foi possível.
- Que é que você está carregando aí?
Como podia ter visto alguma coisa, se nem levantara
a cabeça? Sentindo-se perdido, tentou ainda ganhar tempo.
- Eu? Nada...
- Está sim. Você entrou carregando uma coisa.
Pronto: estava descoberto. Não adiantava negar – o
jeito era procurar comovê-la.
Veio caminhando desconsolado até a sala, mostrou à
mãe o que estava carregando:
- Olha aí, mamãe: é um filhote...
Seus olhos súplices aguardavam a decisão.
- Um filhote? Onde
é que você arranjou isso?
- Achei na rua. Tão bonitinho, não é, mamãe?
Sabia que não adiantava: ela já chamava o filhote de
isso. Insistiu ainda:
- Deve estar com fome, olha só a carinha que ele
faz.
- Trate de levar embora esse cachorro agora mesmo!
- Ah, mamãe ...- já compondo uma cara de choro.
- Tem dez minutos para botar esse bicho na rua. Já
disse que não quero animais aqui em casa. Tanta coisa
para cuidar. Deus me livre de ainda inventar uma
amolação dessas (...)
Fonte: Adaptado de
Sabino, Fernando. Apud BENDER, Flora, org. Fernando Sabino: Literatura
comentada. São Paulo.
Observe a frase: “Onde você arranjou isso?” –
(L. 18). O pronome em destaque mostra que a mãe:
(A) não sabe que se trata de um
cachorro.
(B) mostra- se surpresa ao ver o
cachorro.
(C) mostra desdém em relação ao
animal.
(D) mostra-se irritada com o filho.
4)
LEIA O TEXTO:
Na opinião da Mônica, o espelho
(A) achou que ela é feia.
(B) achou que ela é a mais bonita.
(C) ficou indiferente.
(D) calou-se porque não tem opinião.
5) LEIA O TEXTO
ACHO
QUE TOU
__ Acho que tou __ disse a Vanessa.
__ Ai, ai, ai __ disse o Cidão.
No entusiasmo do momento, os dois a fim e sem um
preservativo à mão, a Vanessa tinha dito “Acho que dá”. E agora aquilo. Ela
podia estar grávida.
Do “Acho que dá” ao “Acho que tou”. A história de
uma besteira.
Mais do que uma besteira. Se ela estivesse mesmo
grávida, uma tragédia. Tudo teria que mudar na vida dos dois. O casamento
estava fora de questão, mas não era só isso. A relação dos dois passaria a ser
outra. A relação dela com os pais. Os planos de um e de outro. O vestibular
dela, nem pensar. O estágio dele no exterior, nem pensar. Ele não iria
abandoná-la com o bebê, mas a vida dele teria que dar uma guinada , e ele sempre culparia ela por isto. Ela não
saberia como cuidar de um bebê, sua vida também mudaria radicalmente. E se
livrarem do bebê também era impensável. Uma tragédia.
__ Quando é que você vai saber ao certo?
__ Daqui a dois dias.
Durante duas noites, nenhum dos dois dormiu. No
terceiro dia ela chegou correndo na casa dele, agitando um papel no ar. Ele
estava no seu quarto, adivinhou pela alegria no rosto dela qual era a grande
notícia.
__Não tou! Não tou!
Abraçaram-se, aliviados, beijaram-se com ardor, amaram-se
na cama do Cidão, e ela engravidou.
VERÍSSIMO,
Luís Fernando. “Acho que tou” In: Mais Comédias para ler na escola. Rio
de Janeiro: Objetiva, 2008. p. 65-66.
Não encontramos registro de opinião, no seguinte
texto, em:
(A) “No entusiasmo do momento, os
dois a fim e sem um preservativo à mão, (...)”
(B) “Mais do que uma besteira. Se ela
estivesse mesmo grávida, uma tragédia.”
(C) “A relação dos dois passaria a
ser outra.”
(D) “O casamento estava fora de
questão, mas não era só isso.”
6) LEIA O TEXTO
“Chove todo dia...” (1° quadrinho).
Assinale a alternativa em que a palavra todo tenha
o mesmo significado que o da tirinha anterior.
(A) Todo o dia chove aqui.
(B) Todo o bolo tinha formigas.
(C) O livro foi lido por todo aluno.
(D) Meu aluno chegou todo feliz.
7) LEIA O TEXTO:
DORMIR FORA DE CASA PODE
SER TORMENTO
Mirna Feitosa
A
euforia de dormir na casa do amigo é tão comum entre algumas crianças quanto o
pavor de outras de passar uma noite
longe dos pais. E, ao contrário do que as famílias costumam imaginar, ter medo
de dormir fora de casa não tem nada a ver com a idade. Assim como há crianças
de três anos que tiram essas situações de letra, há préadolescentes que chegam
a passar mal só de pensar na ideia de dormir fora, embora tenham vontade.
Os
especialistas dizem que esse medo é comum. A diferença é que algumas crianças
têm mais dificuldade para lidar com ele. “Para o adulto, dormir fora de casa
pode parecer algo muito simples, mas, para a criança, não é,porque ela tem
muitos rituais, sua vida é toda organizada, ela precisa sentir que tem controle
da situação”, explica o psicanalista infantil Bernardo Tanis, do Instituto
Sedes Sapientiae. Dormir em outra casa significa deparar com outra realidade,
outros costumes. “É um desafio para a criança, e novas situações geram
ansiedade e angústia” , afirma. (...)
(Folha
de S. Paulo, 30/8/2001)
Marque a opção que indique a finalidade do texto
acima:
(A) entreter.
(B) informar.
(C) relatar.
(D) convencer
8) LEIA OS TEXTOS:
TEXTO I
A FESTA DA PENHA
Olavo Bilac
Pelas estradas que levam à ermida branca, uma quinta parte da população
carioca irá rezar e folgar lá em cima. Por toda a manhã, e toda a tarde,
ferverá na Penha o pagode; e, sentados à vontade na relva, devastando os
farnéis bem providos de viandas gordas e esvaziando os “chifres” pejados de
vinho, os romeiros celebrarão com gáudio a festa da compassiva Senhora.
Vocabulário:
ermida: pequena igreja
viandas: carnes
pejados: cheios
gáudio: alegria
compassiva: piedosa.
ROMARIA
Carlos Drummond de Andrade
No
alto do morro chega a procissão.
Um
leproso de opa empunha o estandarte.
As
coxas das romeiras brincam no vento.
Os
homens cantam, cantam sem parar.
No
adro da igreja há pinga, café,
Imagens, fenômenos, baralhos,
cigarros
E
um sol imenso que lambuza de ouro
O
pó das feridas e o pó das muletas.
Vocabulário:
Opa: Espécie de capa sem mangas.
Em relação à estrutura formal dos textos I e II, é
correto afirmar que
(A) O texto I está organizado em
períodos que compõem um parágrafo.
(B) No texto II há o predomínio da
ordem direta.
(C) O texto I está organizado em
versos.
(D) O ritmo do texto II acompanha a
naturalidade da fala.
9) LEIA OS TEXTOS:
TEXTO I
QUARTO
DE BADULAQUES
Sou
feliz pelos amigos que tenho. Um deles muito sofre pelo meu descuido com o
vernáculo. Por alguns anos ele sistematicamente me enviava missivas eruditas
com precisas informações sobre as regras da gramática, que eu não respeitava, e
sobre a grafia correta dos vocábulos, que eu ignorava. Fi-lo sofrer pelo uso errado
que fiz de uma palavra no último “Quarto de badulaques”. Acontece que eu,
acostumado a conversar com a gente das Minas Gerais, falei em “varreção”? do
verbo “varrer”. De fato, tratava-se de um equívoco que, num vestibular, poderia
me valer uma reprovação. Pois o meu amigo, paladino da língua portuguesa, se
deu ao trabalho de fazer um xerox da página 827 do dicionário (...). O certo é
“varrição”, e não “varreção”. Mas estou com medo de que os mineiros da roça
façam troça de mim, porque nunca os ouvi falar de “varrição”. E se eles rirem
de mim não vai me adiantar mostrar-lhes o xerox da página do dicionário(...).
Porque para eles não é o dicionário que faz a língua. É o povo. E o povo, lá
nas montanhas de Minas gerais, fala “varreção”, quando não “barreção”. O que me
deixa triste sobre esse amigo oculto é que nunca tenha dito nada sobre o que eu
escrevo,
se é bonito ou se é feio. Toma a minha sopa, não diz
nada sobre ela, mas reclama sempre que o prato está rachado.
(Rubem Alves, Quarto de badulaques)
TEXTO II
O GIGOLÔ DAS PALAVRAS
(Fragmento)
(...)
Um
escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras
seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel.
Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade
de um marido. A palavra seria a sua patroa! Com que cuidado, com que temores e
obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa
atenção de lexicógrafos, etimologias e colegas. Acabaria impotente, incapaz de
uma conjunção. A gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que
manda.
VERÍSSIMO,
Luís Fernando. “O gigolô das palavras”. In: Mais
Comédias
para ler na escola. Rio
de Janeiro: Objetiva, 2008. p.145.
(A) os dois textos defendem o uso das
regras gramaticais em qualquer situação.
(B) o amigo do enunciador do texto 1
é um gigolô das palavras.
(C) Os enunciadores dos dois textos
comportam-se como um gigolô das palavras.
(D) Os enunciadores dos textos são
contra à obediência às normas gramaticais.
10) LEIA O TEXTO:
QUADRILHA
João amava
Teresa que amava Raimundo
que amava
Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava
ninguém.
João foi para
o Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo
morreu de desastre, Maria ficou pra tia,
Joaquim
suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha
entrado na história.
(ANDRADE,
Carlos Drummond de. Antologia poética. 12ª ed. Rio de Janeiro, J.
Olympio, 1978. p. 136.)
O texto defende a tese de que
(A) as histórias de amor sempre têm
final feliz.
(B) o amor deve ser para sempre.
(C) o amor é marcado pelo
desencontro.
(D) a liberdade deve ser cultivada
nos dias de hoje.
11) LEIA O TEXTO:
DE QUEM
SÃO OS MENINOS DE RUA?
(Fragmento)
Eu,
na rua, com pressa, e o menino segurou meu braço, falou qualquer coisa que não
entendi. Fui logo dizendo que não tinha, certa de que ele estava pedindo
dinheiro. Não estava. Queria saber a hora. Talvez não fosse um Menino De
Família, mas também não era um Menino De Rua. É assim que a gente divide.
Menino De Família é aquele bem vestido com tênis da moda e camiseta de marca,
que usa relógio e a mãe dá outro se o dele for roubado por um Menino De Rua.
Menino De Rua é aquele que quando a gente passa perto segura a bolsa com força
por que pensa que ele é pivete, trombadinha, ladrão. (...).
Na
verdade não existem Meninos De Rua. Existem meninos Na rua. E toda vez que um
menino está NA rua é porque alguém o botou lá. Os meninos não vão sozinhos aos
lugares. Assim como são postos no mundo, durante muitos anos também são postos
onde quer que estejam. Resta ver quem os põe na rua. E por quê.
COLASSANTI,
Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro, Rocco, 1999.
O pronome EU, que inicia o texto, refere-se
(A) à mãe de um menino de rua.
(B) à mãe de um menino de família.
(C) à narradora que é uma das
personagens do texto.
(D) à narradora que descreve a cena
sem ter participado da mesma.
12) LEIA O TEXTO
FAÇA QUALQUER
MOVIMENTO E SERÁ MORTO.
Identifique o valor semântico do conectivo em
destaque no período abaixo:
(A) adição. (B) adversidade. (C) alternância. (D) consequência.
ARGUMENTO
(Paulinho da Viola)
Tá legal,
Eu aceito o argumento
Mas não
me altere o samba tanto assim
Olhe
que a rapaziada está sentindo a falta
De um cavaco, de um pandeiro e de um tamborim.
Sem preconceito,
Ou mania de passado,
Sem querer ficar do lado
De quem não quer navegar
Faça como o velho
marinheiro,
Que durante o nevoeiro
Leva
o barco devagar.
http://letras.terra.com.br/paulinho-da-viola/48050/
Com base na leitura atenta da letra da música, é possível
depreender que o autor contra-argumenta com os argumentos
propostos por outra pessoa. Tendo em vista essa
informação, indique a opção cujo conteúdo apresente o argumento proposto.
(A) O samba deve ser concebido fora
dos moldes do passado.
(B) Deve-se inserir no samba
instrumentos musicais tradicionais.
(C) Mudar o samba sem grandes
alterações.
(D) Conceber o samba nos moldes
tradicionais.
14) LEIA O TEXTO:
A professora passou a lição de casa: fazer uma redação com o tema “Mãe
só tem uma”. No dia seguinte,
cada aluno leu a sua redação. Todas mais ou menos dizendo as mesmas coisas: a
mãe nos amamenta, é carinhosa conosco, é a rosa mais linda de nosso jardim etc.
etc. etc. Portanto, mãe só tem uma. Aí chegou a vez de Juquinha ler a sua
redação:
Domingo foi visita lá em casa. As visitas ficaram na
sala. Elas ficaram com sede e minha mãe pediu para mim ir buscar Coca-Cola na
cozinha. Eu abri a geladeira e só tinha uma Coca-Cola. Aí, eu gritei pra minha
mãe: “Mãe, só tem uma!”.
(Viaje Bem – revista de bordo da Vasp, n°
4, 1989)
O humor do texto é gerado pelo fato de
(A) a professora não ter empregado a
vírgula na frase-tema da redação.
(B) a turma não ter compreendido o
tema da redação.
(C) o Juquinha ter atribuído ao
vocábulo Mãe a função de vocativo.
(D) o Juquinha não ter empregado a
vírgula após o vocábulo Mãe.
15) LEIA O TEXTO:
“Os técnicos foram à reunião
acompanhados da secretária, do diretor e de um
coordenador.”
(Texto extraído do livro: ABAURRE, Maria Luiza & PONTARA, Marcela
Nogueira. Português. 1ª Ed. São Paulo: Moderna, 1999. p. 308.
Se tirarmos a vírgula, teremos o seguinte sentido:
(A) uma pessoa a menos terá ido à
reunião. (B) o
sentido não se alteraria.
(C) uma pessoa a mais terá ido à
reunião. (D) a
ausência da vírgula implicará um erro
Gramatical.
16) LEIA O TEXTO
Primeira
mulher: _ Trabalhar o tempo inteiro e tomar conta da casa está me levando à
loucura! Depois do trabalho, cheguei em casa e lavei a
roupa e a louça. Amanhã tenho de lavar o chão da cozinha e as janelas da
frente.
Segunda mulher: _ Então? E teu marido?
Primeira mulher: _ Ah! Isso eu não faço de
maneira alguma! Ele pode muito bem se lavar sozinho!
(Rodolfo
Ilari)
O humor do diálogo abaixo é gerado pelo fato de:
(A) as reclamações estarem contidas
na fala da primeira mulher.
(B) a segunda mulher não ter
compreendido a fala da primeira.
(C) o questionamento “E teu marido?”
estar incompleto.
(D) a mulher se negar a lavar o
marido.
O MITO DO
AUTOMÓVEL
O
automóvel é o símbolo máximo das sociedades modernas. A demanda de automóveis
teve um aumento tão rápido que em apenas algumas décadas transformou a
indústria automobilística num dos motores da economia de mercado. Mas isso
ocorreu porque os carros satisfazem inúmeras necessidades, anseios e fantasias
dos homens e das mulheres de hoje – em especial o sonho da liberdade de
movimentos. Qual será o futuro desse fruto do casamento do sonho com a técnica?
Não corremos talvez o risco de ver nossa liberdade de possuir um carro vir a
transformar-se em escravidão a esse mesmo carro?
(Correio da Unesco. Fundação Getúlio Vargas)
Ao empregar o verbo primeira pessoa do plural em
“Não corremos talvez o risco de...”, o autor do texto refere-se
(A) a ele e mais uma pessoa.
(B) a apenas ele mesmo.
(C) a ele e a todos da sociedade
moderna.
(D) às pessoas que integram a
sociedade moderna.
18) LEIA O TEXTO:
QUADRILHA
João amava
Teresa que amava Raimundo
que amava
Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava
ninguém.
João foi para
o Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo
morreu de desastre, Maria ficou pra tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J.
Pinto Fernandes
que não tinha
entrado na história.
(ANDRADE,
Carlos Drummond de. Antologia poética. 12ª ed. Rio de Janeiro, J.
Olympio, 1978. p. 136.)
O poema é marcado pelo (a)
(A) alegria.
(B) frustração.
(C) romantismo.
(D) eterno encontro.
O
RISCO DA BOLSA-ESMOLA
Inegavelmente
foi um avanço a unificação de programas de distribuição de recursos no
Bolsa-família, apesar de ainda faltar a adesão de prefeitos e governadores. A
unificação indica a busca de racionalidade para reduzir desperdício e aumentar
eficiência administrativa. Claro que a operação ainda é uma incógnita, mas o
anúncio merece
ser festejado.
A
discussão essencial – e mais delicada – é saber até quando o poder público vai
manter esses milhões de bolsas. Se os recursos distribuídos diretamente aos
mais pobres não promoverem a autonomia dos indivíduos para que, uma vez
escolarizados, consigam dispor de uma fonte de renda, iremos distribuir apenas
bolsas-esmola.
É esse o grande risco, como se vê em várias partes do mundo, desse tipo
de programa. As pessoas se acomodarem com aquela ajuda e, pela falta de
estímulo econômico, não encararem aquele dinheiro como algo provisório, mas uma
esmola.
A
eficiência desses programas será medida pelo número de brasileiros que não dependem
mais de nenhuma bolsa.
(Folha de São Paulo, 21/10/2003)
(A) a unificação de programas de
distribuição de recursos no Bolsa-família foi um avanço.
(B) a manutenção de milhões de bolsas
é temporária.
(C) os recursos distribuídos aos mais
pobres devem promover a autonomia dos indivíduos.
(D) a falta de estímulo econômico
gera o comodismo nas pessoas pobres.
O CÃO E O
PEDAÇO DE CARNE
Um
cão, que carrega um pedaço de carne na boca, enquanto atravessava um rio, viu
seu reflexo na água. Julgou, de imediato, que um outro cão levava um outro pedaço
de carne maior do que o seu. Por isso, largou o que possuía e tentou pegar o
outro, acabando por ficar sem
alimento.
Adaptação
da fábula de Esopo
(A) Um cão carregava um pedaço de
carne na boca.
(B) O cão viu seu reflexo na água.
(C) O cão julgou que um outro cão
levava um outro pedaço de carne.
(D) O cão ficou sem alimento.